
pixo sp
O estudo sobre o pixo se inicia dentro do núcleo de design da ESPM: Revista DSG.
A revista é um projeto de design editorial desenvolvido pelo curso de Design da ESPM, que foi aberto para a participação de alunos em 2023 devido à falta de adesão de leitores.
O núcleo surgiu como um projeto de reestruturação de marca para a próxima edição da revista que seria lançada. A partir de diversas pesquisas de público-alvo, missão e posicionamento, foram iniciadas as primeiras discussões de pauta.

A principal pauta da qual participei foi a influência da periferia na cultura que consumimos atualmente, o que nos guiou à pesquisa sobre o pixo, se estendendo para diversos projetos de design.

Junto ao estudo, me coloquei a observar e entender como a tipografia vernacular do pixo se comporta na cidade, desenvolvendo estudos tipográficos pessoais e experimentações visuais que posteriormente foram aplicados em diversos trabalhos.
O objetivo era entender a importância dessas marcas deixadas por toda a cidade, me tornando apoiadora do movimento.
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O projeto Voz Ativa foi desenvolvido na disciplina de projeto e orientado pelo professor Danilo Cid. Tinha como finalidade apresentar um produto digital a partir de uma minoria, desenvolvendo uma linguagem própria e um design system.
A minoria estudada foi a comunidade do pixo, tema pelo qual tínhamos afinidade devido a pesquisas e projetos anteriores, além de um olhar aprofundado na cidade de São Paulo.
O objetivo e desafio do nosso trabalho, como apoiadoras do movimento, era disseminar a voz dessa minoria tão protestante e tão ignorada no espaço urbano, e entender como isso poderia ajudar a distanciar o grupo dos tópicos de criminalização e banalização.


Para o desenvolvimento do projeto, escolhemos como marca parceira a Anistia Internacional: um movimento global com mais de 10 milhões de pessoas, que realiza ações e campanhas para que os direitos humanos internacionalmente reconhecidos sejam respeitados e protegidos.
"ao mesmo tempo que a gente está sendo incriminado
a gente está
sendo contemplado como arte"

— Wagner Santana Lucas

Com essa proposta, desenvolvemos um site e uma família de materiais de comunicação com o objetivo de ser uma plataforma de troca entre os pixadores, além de um convite àqueles que querem dar suporte ao movimento.
A nossa identidade e tipografia foram desenvolvidas com base em pesquisas de tipografia vernacular anteriores.



Queríamos desenvolver um projeto significativo, que criticasse a exploração comercial inadequada e a banalização da arte do pixo, que gerasse interesse entre quem está fora do movimento.
*agradecimento à participação de Wagner Santana Lucas e Ricardo Farias de Oliveira